10 dicas para policiais que andam armados à paisana.
1. Sua arma não lhe dá poderes sobrenaturais. Ou
seja, tê-la na cintura não o torna invencível ou membro dos Avengers.
Foi-se a época em que tinham medo de quem estava armado;
2. Estar armado em trajes civis muda sua forma de
saque, o posicionamento de sua arma e também o condicionamento natural
de acesso rápido a seu armamento. Ou seja, treine e esteja consciente
desses três pontos;
3. Invista em um coldre para uso velado. Vai ser
ridículo ter sua arma presa na borda da calça ou na sua cueca na hora do
saque. Deixe essa gracinha para os três patetas;
4. Usa coldre velado em pochete abdominal ou de
perna? Treine os saques também com esses acessórios! Sua arma não virá
para sua mão de forma mediúnica e seus movimentos “finos” para abrir a
pochete estarão prejudicados pelo estresse e pela carga de adrenalina
que seu organismo recebeu. Lembre-se disso!;
5. Sua boa intenção não é suficiente para
identificá-lo como policial. Tenha E USE o distintivo que lhe
caracteriza como tal. Sugiro que ele esteja posicionado na linha de
cintura, no mesmo lado onde será realizado o saque. Quando do acesso a
seu armamento, IMEDIATAMENTE o distintivo será visto, reduzindo
drasticamente sua chance de ser confundido com um bandido;
6. Aumente a freqüência de manutenção de sua arma.
Se antes suor não tinha tanto contato com seu armamento pelo fato de
você estar fardado, agora vai ter!;
7. Houve troca de tiros (I) e precisou neutralizar a
ameaça? Disparos em regiões periféricas do corpo NÃO SOLUCIONAM
CONFLITOS ARMADOS. Aquela estória de “dar um tiro na mão…/atirar na
perna…” é coisa de quem assiste muito filme e, obviamente, de
“achistas”; atinja o agressor social – em não havendo dúvida da necessidade legal
de atuar – na região do tórax, abdômen ou pelve gerando uma “cavidade
permanente”. Isso aumentará sua possível sobrevivência e a proteção de
outras vítimas;
8. Houve troca de tiros (II) e precisou neutralizar a ameaça? Faça o seguinte:
a) Cheque à sua volta a possibilidade de haver outros agressores;
b) Ato contínuo, de forma visual e tátil, veja se você está ferido – primeiro, pescoço, região toráxica, depois abdominal, pélvica e parte interior das coxas (pontos onde hemorragias seriam mais graves), depois, parte interior dos braços e lateral do corpo;
c) É comum que você, por questões psicofisiológicas, não sinta ou perceba alguns ferimentos e nem faça uma checagem periférica para ver se há outras ameaças;
9. Potencialize sua possibilidade de sobrevivência
tendo a certeza de que você tem chances de se ferir e vai ter que
resistir a dor. Negar ou ter medo desse fator é um sinal de que você
está pouco preparado para neutralizar uma ação com o uso da força letal;
10. Ligue para o 190 para comunicar o fato e para se
identificar, descrevendo local, pessoas feridas (inclusive você, se for
o caso) e como você está vestido, mantendo seu distintivo sempre a
mostra; caso alguém se aproxime, mantenha-se alerta e não descuide da
manutenção de sua proteção pessoal, pois hoje é raro agressores atuarem
sozinhos.
Autor: Tenente-Coronel PMDF Sant’Anna. Fonte: blog Policiamento Inteligente.
Fonte: Abordagem Policial
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